por: Élider DiPaula e Robervaldo Linhares
A Orquestra de Câmara Goyazes, no dia 24 de novembro, apresentou o Terceiro Concerto da Temporada 2011, no Teatro Escola Basileu França com o violeiro convidado Roberto Corrêa. O concerto, dividido em três partes, iniciou com a orquestra em notável interpretação de Fuga e mistério, de Astor Piazzola, e as Cinco Miniaturas Brasileiras, de E. Villani-Côrtes. Arcadas sincronizadas, variações de dinâmicas indiscutíveis e a regência sem exageros de Eliseu Ferreira foram consequências marcantes do domínio musical apresentado nessa primeira parte do concerto.
Na segunda parte, apenas para viola, Roberto Corrêa esbanjou um cuidado sonoro ao frasear as belas passagens da famosa Saudades de Matão, de J. Galate, R Torres e A. Silva, considerado, como ele mesmo pontuou, um “clássico” do repertório caipira brasileiro. Nessa mesma parte solo do concerto, de forma inovadora, o violeiro nos apresenta um instrumento característico da região pantaneira, a viola de cocho; despertando a todos uma curiosidade que instantaneamente é saciada pela virtuosidade e domínio do instrumento peculiar do qual o carismático intérprete dedilhava.
O violeiro e a orquestra dividiram a terceira e última parte. Em face do alto nível musical dos intérpretes, acreditamos que o público esperava, neste momento, um pouco mais da ambiência da sala de concerto, o que poderia ter revelado interessante diálogo entre dois campos de fazer musical, o erudito e o popular. Todavia, o que se ouviu foram arranjos em que a orquestra fazia um background sonoro para a viola, privando-nos de ouvir um diálogo mais eficiente entre a erudição tão peculiar da Orquestra de Câmara Goyazes e as sonoridades matutas e bem realizadas de Roberto Corrêa, considerado, em nossos dias, como o maior violeiro do mundo. O concerto presumido ao fazer musical desvinculado ou mesmo com apenas colagens de erudito e popular, apresentou, nessa terceira parte, um repertório desfavorável ao idioma da viola. Não que a viola caipira não possua um repertório que possa vir a ser considerado erudito e ideal para as salas de concertos, mas a escolha dessa terceira parte descaracterizou o popular e o informal do repertório, em prol de um embrião ainda não resolvido, em termos artísticos, que dê conta de integrar e expor o diálogo com as diversas formas de fazer música. Importante que se diga que o diálogo aqui proposto apareceu, ainda que de forma tímida, na composição Peleja de siriema com cobra - para viola de cocho, de Roberto Corrêa, em arranjo de João Egashira.
O concerto foi inovador pelo fato de ter um caráter experimental, mesmo que em reincidência - cita-se Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e outros compositores adeptos, se não ativistas, dessa integração - e ou imaturo pela consciência e intenção de um concerto de música popular em roupagem erudita em vias de amadurecimento, mas que, neste concerto, ainda não se mostrou plenamente satisfatória.
O concerto foi inovador pelo fato de ter um caráter experimental, mesmo que em reincidência - cita-se Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e outros compositores adeptos, se não ativistas, dessa integração - e ou imaturo pela consciência e intenção de um concerto de música popular em roupagem erudita em vias de amadurecimento, mas que, neste concerto, ainda não se mostrou plenamente satisfatória.
Élider, essas suas críticas já deram o que tinha de dar... O problema era com a Sinfônica de Goiânia, e ponto. Basta! Qual a finalidade delas? Acho que você não tem moral para dizer tanto e não domina sua música ao nível de suas alfinetadas inúteis. Creio que ficou claro sua capacidade de comunicação e o quanto domina a língua escrita, e também o quanto foi oportuno o momento da primeira crítica. Foi louvável sua coragem em "dar as caras" e assumir a autoria de considerações que, há muito tempo, eram proferidas nos bastidores da "música" em Goiânia. Daria conta de fazer um trabalho melhor que o apresentado no referido concerto? Acha que o que você salientou é o que faltava para que o concerto fosse melhor? Peça o cargo do maestro e refaça o trabalho todo, e espere por críticas piores que a suas... Repense e tenha o mesmo "bom senso" surpreendente da primeira crítica feita por ti... Conveniência não é tudo, mas faz uma diferença significativa. Paz!
ResponderExcluirCrítica morninha né? O maestro Eliseu Ferreira está manipulando o Élider, como tenta fazer com todos os músicos, convidando-o para solar com a OSJG.
ResponderExcluirAssim o nosso crítico fica meio sem jeito de criticar o maestro e sua orquestra que nunca ensaia!
Parabéns pelas outras críticas, mas essa tá na cara que é influenciada pelo poder que o Maestro Eliseu Ferreira vem ganhando e com isso manipulando as pessoas.
A Orquestra Goiazes vai de mal a pior e é reflexo do salário ruim, péssima direção artística e muitos outros problemas.
pra se fazer Orquestra é preciso valorizar as pessoas e nunca esquecer que se trabalha com seres humanos! O sr Eliseu não tem feito isso em nenhum dos lugares onde trabalha!
Acho que vc tem que continuar rapaz, sua crítica é bem coerente.... acredito que descreve bem o que anda acontecendo. Não sou músico... sou leigo, mas nao sou surdo e gosto muito de música. Vou a todos concertos e minha expectativa é sempre ver algo que me emocione.
ResponderExcluirO concerto do coral foi fraco, a orquestra tocou muito forte. Os cantores solistas nao foram bem selecionados. Mas apesar disso, espero ver bons concertos com o novo regente.
Já o Joaquim Jayme... décadas fazendo lambança... dificilmente ele muda por agora.
A goyazes sempre teve um diferencial, pessoas a frente dela que não decepcionam do ponto de vista da competência. Os concertos que já assisti com O Borgomanero e com o Eliseu foram ou bons, ou ótimos. Esse com a viola achei "só" bom. Acho que sua descrição é coerente com que vimos.
Bem, é isso. Parabéns pelo blog, espero que o mantenha.
Quem é esse tal de Alexandre???????
ResponderExcluirPois é Moisés... Quem é essa pessoa?
ResponderExcluirAcho que o Élider é bem grandinho pra ser influenciado, e , Alexandre, eu não te vejo em nenhum dos lugares onde o Eliseu trabalha...
Dou boas vindas ao Robervaldo!!!
Eu não assisti esse concerto, mas eles fizeram algo parecido em 2008 no Teatro Goiânia inclusive com o Roberto Corrêa, e pelo que eu me lembre não destoa muito destes relatos, enfim, não vou opinar.
Há quem diga que a crítica foi morninha, mas o concerto, no que diz respeito ao repertório,não oferecia grandes dificuldades ao grupo...O senso pra mim está aí, escolher um repertório tocável de acordo com o número de ensaios.
Kisses!!!!
Eu me divirto de ver o povo da sinfonica tentando encobrir o erro que eles cometeram esperando que o autor da critica, agora em sociedade como podemos ver, insultando ou esperando que ele fale mal da outra orquestra.. Eu assisti os três concertos aqui citados e ele nao foi nada mais do que justo com o que escreveu.. O primeiro concerto foi um desastre o segundo foi tenso e esse terceiro foi "só bom" - como o anonimo acima disse!.. Não esperem ouvir coisas ruins como voces, mentes pequenas, sempre querem ouvir.. e muito menos se passar por pessoas que nao sao!... Élider sabe muito bem o que tá fazendo com o que lhe é sábio e com muita sensatez nao tomaria o cargo do maestro pois sabe que essa nao é a especialidade dele!... Se ele vai tocar com a OSJG, vamos assistir e ver se é tão tendencioso assim, alias estao em parceria, Élider e Eliseu, pelo mesmo ambiente de trabalho e não por alguma tendência pós-críticas!.. Esse concerto de acordo com o calendário estava marcado muito antes desse segundo semestre e muito antes desse blog.... só nao antes das gafes que os musicos nao-profissinais e afins da direçao da orquestra - valido que não são todos, mas um pequeno grupo, que já indentifiquei quem seja da OSG - vem fazendo com o comodismo deles!... Contentem-se em ser medíocres e se retirem do meio musical!
ResponderExcluirMarco Antonio, esqueça a OSGO por um instante e se atente às críticas a este concerto. Seu comentário em nada acrescenta, só gera intrigas. Respeite o direito do outro de expressar seu ponto de vista. Se não concorda com algum comentário, questione com quem o fez, mas não meta a Orquestra Sinfônica no meio disso, generalizando. Mas se não tem o que dizer, por ser medíocre ou sei lá por qual motivo, melhor ficar calado ou se reire do meio musical.
ResponderExcluirQuanto ao concerto da Goyazes, esperava ler algo mais técnico a respeito das obras executadas do que simplesmente elogios gratuitos, até porque houveram alguns problemas técnicos que passaram batidos nesta resenha, mas que de forma alguma comprometeram a apresentação.
No mais, concordo que o concerto foi apenas bom.
Parabéns ao Maestro e aos colegas da Goyazes que, mesmo com todas as dificuldades que sabemos existirem, estão se esforçando para fazer o melhor possível.
Abraço!
O anônimo acima disse tudo: "... esperava ler algo mais técnico a respeito das obras executadas do que simplesmente elogios gratuitos, até porque houveram alguns problemas técnicos que passaram batidos nesta resenha..."
ResponderExcluirSerá que a primeira crítica só veio num momento oportuno? As outras críticas fogem à competencia do Élider por ser um pianista e não ter conhecimento amplo sobre orquestra?
Mas a verdade é que o Eliseu Ferreira não anda fazendo música em nenhuma das orquestras que trabalha. repertório ensaiado na correria e o resultado é um grande "lambusado musical".
Élider, continue, isso não é pra você ficar desanimado, mas estude e não se preocupe com os grandes que querem te calar. Coloquei algumas inquietações aqui, mas gosto do seu trabalho.
Para quem acha que não me vê, anda me vendo mais do que imagina!
talvez seu nome verdadeiro não seja "Alexandre", por isso não o reconhecemos. Não é verdade?
ResponderExcluirTalvez o seu nome não seja Anônino, por isso não o reconhecemos. Não é verdade?
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ResponderExcluirConstituição brasileira de 1988
ResponderExcluirArt. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
V - o pluralismo político
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença
Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Haha, deu até um medinho aqui, pois só pobre vai pra cadeia. Então se todos os músicos são pobres, mas, antes de tudo, temos liberdade de nos exprimir!
ResponderExcluirAcho que não é este o caminho para atrair mais público, colocando um violeiro para tocar música popular e depois orquestra, acho que são ambientes diferentes. Praticamente não se tem concertos e quando tem, há uma interferência da música popular. Porque não há música erudita no shows? Sempre a música popular tomando o espaço da música erudita. O contrário nunca. Não sei o que acontecerá daqui algum tempo, orquestras tocando modas, arranjos de música popular e o que será de Bach, Beethoven...acabará? Quero que fique claro que admiro o trabalho do Roberto Correa, mas acho que não seja o lugar dele.
ResponderExcluirO músico não tem liberdade de se exprimir, Ju....aqui em Goiás tem é liberdade de se espremer e ser espremido.....kkkkkk
ResponderExcluirIsso mesmo amigo. Que digam os póbres músicos da Goyazes, que realizou seu último concerto com chave de ouro, mesmo com toda a pressão, autoritarísmo e truculência do nosso tão "profissional" maestro Eliseu.
ResponderExcluirSaudações à gestão do Borgomanero, que eternizou o trabalho desta maravilhosa orquestra, e não exitou na tentativa de reergue-la.
nada pessoal.
músicos
kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirO anônimo se nomeia "Musicos".
Autoritarismo e truculência estão acontecendo em outros lugares....
kkkkkkkkkk
ResponderExcluirIsso quer dizer que a opinião é comum entre os músicos seu ásno. E aqui é lugar de falar da goyazes.
Se não entendeu de novo, no próximo comentário alguém desenha pra você.
Se liga. "kkkkkk"
KKKKKK,
ResponderExcluirFamoso bactériaaaa!!!
Ser profissional é dar cheque sem fundo para solista e levar patrimônio do SESI para casa.
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